Saturday, April 30, 2011

Uma das histórias do caralho

Palavras são apenas aglomerados de letras, nada mais, nada menos. Minha aterrissagem na língua inglesa, passou pela curiosidade de saber as palavras feias, também as horríveis. Na verdade, apenas queria saber para onde estariam me mandando, como poderia me defender, ou como retrucar. Descobri, que os ingleses criaram uns dez palavrões em quase dois mil anos de existência, e usam apenas dois, todos os dias, todos os fucking dias. Nos jornais fucking é escrita f......, e fuck f..., que saco! todos sabem o que os pontinhos significam (fornicar, trepar ou foda). Pura hipocrisia, que pra mim, seria um palavrão mais grave. Os polacos usam kurwa pra começar, entre as palavras, e pra terminar todas as frases. Kurwa, pra nós, seria uma linha não reta, pra eles significa: puta, meretriz, "mulher de vida facil". Os portugueses não sabem se comunicar, sem pronunciar todos os palavrões mais tradicionais da língua portuguesa(obviamente), repetitivamente, sempre os mesmos pleonasmos redundântes. Acho que depois que soube que o caralho era o nome dado à cesta que ficava no alto do mastro principal das caravelas portuguesas, comecei a tratar os nomes feios, como apenas palavrotas. O caralho era o pior lugar na caravela, local de castigo, e ao mesmo tempo, de melhor vista. Faz mais sentido, agora pra mim, quando as coisas são ditas como do caralho. Quando começaremos a respeitar mais a língua que desenvolvemos, e trocar de nome? Merda, tem mil significados hilários. Alguém gostaria de ser chamado de retardado? então, pra que outros sinônimos? Coisas mais agressivas, poderiam sair somente da boca de gente sem condições de agrupar melhor as inocentes letras. A m...., é que eu posso estar redondamente equivocado, f...... hell!

Friday, April 29, 2011

Ilusão de ética

Nunca pensei que fosse tão incoerente com o que penso, entretanto assisti o casamento pela televisão. Ok, sou traidor das causas do bom senso, mas burro ao ponto de me misturar com a eufórica multidão, que foi "pagar micos" para a "realeza", por enquanto não admitirei. Deus que me livre, sou ateu praticante, ver um casamento que eu não precisava, vai me dar uma noite de pesadelos, no mínimo. Considerando a coisa como uma peça de teatro, até que foi divertida. Os noivos queriam uma cerimonia simples, parece que conseguiram. Do palácio de Buckingham até a igrejona deve dar uns 15 minutinhos caminhando devagar, as famílias usaram uns Rolls Royce, Bentley e apenas um Jaguar. Os parentes mais distantes foram obrigados ao vexame de ir de micro ônibus, patrocinados pela alemã Volkswagem, achei uma baixaria o merchandising. A Rainha parecia um canário belga, o padre principal precisava de um barbeiro ano passado, ninguém saiu ferido pelos chapéus ponteagudos das peruas, e o crianção primeiro-ministro foi vestindo fraque, como a tradição recomenda. Os caras que "carregaram o piano" dos últimos anos não foram convidados. Blair e Brown, não conseguiram estreitar laços com a família inútil, apesar do difícil trabalho executado. O único familiar a discursar na palhaçada, foi o irmão da kate, ele teve que falar pra milhões de pessoas, o principe Harry não assumiu a bronca, os Ingleses são vagabundos, quando podem passar a bola para outros, passam. O vestido da Rainha Catherine tava bacaninha, mas o da irmã dela, Pippa, tava o mais ajustado para o show. Minha televisão é nova, to esperando que comecem a transmitir em 3D, parece que já to vendo coisas que nunca aconteceram.

Tuesday, April 26, 2011

Os churrascos dos caras

Lembro com muitas saudades dos "churras" de última hora. Se batia o pânico do nada pra fazer de útil, era só ligar pra um amigo, que estaria sofrendo do mesmo mal. Um ligava pros outros, e o outro um, já pegava o carro pra passar num supermercado. O local do evento, as vezes mudava conforme a cara do tempo. Com chuva, ou muito frio, tinha que ser numa garagem ou varanda. A produção era sempre rápida, e resolvia o tédio de todos eficientemente. Lá pelas tantas, cada um dava uns dinheiros pro um que tinha ido no "super", e tava tudo acertado. Meu primeiro e último churrasco em Londres, foi uma decepção faraônica. Num dia de verão com sol(detalhe importante), fui convidado para um english barbecue, numa casa com um jardim bem bonito. Chegando, me deparei com o dono da casa de avental branco e usando luvas. A churrasqueira era elétrica, cheia de hamburguers, linguiças que eu não posso nem olhar, e poucos pedaços de uma assassinada galinha numa grelha. Não tinha caipirinha, os homens não queriam resolver os problemas dos relacionamentos amorosos dos amigos, desarmamento nuclear, escândalos políticos, preço da gasolina, ou como estaria "bem conservada" a vizinha de alguém. O papo era o baixo consumo de energia elétrica da churrasqueira. As mulheres falando de trabalho, tomando vinho rosé meio quente, e nem música de consultório dentário tinha. Meu lugar preferido no barbecue inglês, ficou sendo perto de um muro, olhando para o céu. Tentando fazer com que aquele barbecue, dentro da minha cabeça, se transformasse mágicamente num simples, e sempre tao divertido churras, obviamente não consegui.

Monday, April 25, 2011

Mesmos filmes

Por sorte, os canos de água no Brasil nascem enterrados. Seria lindo ver os fios, canos e árvores brigando pela sobrevivência com os postes. Depois que me acostumei a não ver aquela "fiarama bagaceira feita à facão", comecei a entender menos ainda o sistema de distribuição de eletricidade, telefone/cabos da rua da minha infância. Quando venta mais forte, as árvores fazem com que os fios encostem, e bingo!, falta luz. Como venta em quase toda a cidade ao mesmo tempo, os funcionários da Cia elétrica, ficam sem poder atender a todos os infelizes pagantes pelos servicos interrompidos. Entendo que os custos para copiar o sistema de fios/cabos enterrados londrino seria muito alto, mas pelo menos imitar os caras que podam as árvores de Londres poderiamos. Sao dois caras e um caminhãozinho, que tem um ralador de galhos no reboque. Um sujeito, sobe na árvore, com um equipamento tipo alpinista, e serra os galhos, e o outro coloca no ralador. A serragem vai pra carga do veículo que depois de cheio, descarrega numa usina pra virar carvão, que servirá de combustível pra gerar eletricidade. Se copiar o sistema de podas de árvores, também estaria fora do orçamento, que tal podar as arvores, afastar os galhos dos fios, com uma kombi, escadas e facões antes das costumeiras "faltas de luz"?

Friday, April 22, 2011

Inglesada

Importantes detalhes estão sendo esquecidos no casamento do século: a Catherine (Kate) é mais velha que o William (Príncipe). A balzaca tem 29, e ele apenas 28 anos. Dia 21 de junho eles terão a "mesma idade" mesmo assim, marcaram o show para o dia 29 de abril. O evento terá lugar na mesma Igrejona que a mãe do noivo (Diana) foi velada, o que demonstra credibilidade dos organizadores no sangue azul (frio) do noivo, as celulites já abundam na noiva com a avançada idade ( os paparazzi trabalham duro, dia e noite). Os altos custos do "espetáculo", serão pagos pelas mesmas pessoas que sustentam a ostentação da inútil família real, os cabisbaixos súditos. Os mesmos, que terão menos médicos e vagas nos hospitais, logo ligeiramente muito rápido. O ensabonetado primeiro-ministro não sabe ainda se usará fraque, ou como vai enfarpelar o corpinho para as festividades. Parece que estou vivendo na idade das trevas, e tem gente que está achando o máximo, aplaudindo o casório que tá na "crista da onda". Que os interessados em assistir o wedding, fossem catar coquinhos ou assistir a alguma corrida de lesmas lerdas, seriam melhores programas, juro que acho.


Thursday, April 21, 2011

Gauchada

O governador Tarso Genro vai consultar especialistas, antes de decidir sobre o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa, contra o uso de estrangeirismos no RS. Não entendi a proposta. Os caras querem que se traduza palavras já incorporadas na língua gauchesca, pra que?
A regra de que nomes próprios não poderiam ser traduzidos, não se aplica a outras coisas que, ao meu ver, deveria ser sempre respeitada. Nunca vou chamar o aparelhinho que me ajuda a usar o computador de rato, ratão, ou camundongo. Adoraria ver a cara dos "ocupadíssimos" senhores, quando lessem em algum lugar que a intenção da lei ridícula, foi aprovada em Happy Port, capital de Big River of the South, Brazioul.

Saturday, April 16, 2011

A bigoduda bigoted

Depois de tentar conversar com uma senhora intolerante, bitolada e preconceituosa, Gordon Brown foi traído por um microfone aberto. Entrando no carro da campanha à reeleição, um assessor disse: foi difícil a conversa não foi? e ele: foi bastante, ela é bigoted. Bigoted na língua nativa significa uma pessoa intolerante, bitolada e preconceituosa. A imprensa teve assunto para os noticiários, e o partido conservador ganhou votos para que o insuportável David Cameron, depois da renuncia de Gordon Brown, pudesse assumir o cargo de primeiro-ministro. Os conservadores não fizeram a maioria de cadeiras no parlamento necessárias para tanto, Gordon resolveu renunciar, porque a encrenca britânica ficaria ingovernável também para o seu partido, sem a maioria de parlamentares com a mesma "linha de raciocínio". Na última oportunidade de alertar os incautos, Gordon Brown disse: "gente, eu não sou simpático, não sou uma pessoa de riso fácil, mas eu sei o que nosso país precisa, das dificuldades que passamos e como poderemos diminuir as dificuldades futuras. Passamos pela maior crise financeira das últimas décadas sem muita dor. Espero que vocês me ajudem a continuar esse trabalho difícil". Não levaram a sério as palavras do cara. David Cameron, depois de alguns meses de governo, fez o que tanto recriminou no governo de Tony Blair, mandou tropas para alguma guerra e, para combater a inflação assustadora, simplóriamente vai cortar verbas para o sistema de saúde que funcionava tão bem e é um orgulho nacional. Não se fala em outra coisa nessa terra. A idiotice quando almeja mudanças não pesa as consequências. Antes Gordon Brown tivesse chamado aquela "senhora" de algo mais grave. Ela mereceria.

Monday, April 11, 2011

Erva comunista

Um amigo polonês me convidou pra passar um final de semana na Polônia. Achei legal a ideia e bem feliz topei na hora. Nunca tinha passado pela minha cabeça poder conhecer a polacoland. Depois de um voo tranquilo, chegamos no aeroporto de Bydgoszcz. A namorada, irmão e cunhada nos esperavam no aeroporto, que apesar do meu riquíssimo vocabulário de 23 palavras em polonês, ainda não consigo pronunciar o nome sem meu pesado sotaque porto alegrense. Foram nos buscar de carro, porque iriamos até IIawa onde fica a casa, coisa de 140 Kms de Bszczygodchscx. Lá chegando, estava a vó polaca nos esperando com uma mesa toda bonita, pra dar as boas vindas ao visitante que mora em Londres, e que nasceu na terra dos índios da floresta amazônica. No outro dia, me levaram pra conhecer o que tinha de interessante na cidade, fomos também a Olsztyn tomar uma cerveja Tyskie na beira de um lago todo bonito. Eu tava me sentindo um VIP, ninguém falava inglês e português menos ainda, então Adam traduzia tudo, inclusive um pedido feito pelo irmão dele, se eu saberia fazer caipirinha. Antes do jantar, fiz uma caipirinha no maior copo que me deram. Provei, disse que tava legal, coloquei a "caipa" perto deles, e os polacos me olhavam. O Adam disse: ok, fizeste a tua caipirinha e pra nós, não vais fazer? me dei conta da coisa de dividir o mesmo copo, pra eles seria uma novidade. Como eu poderia falar sobre o costume do chimarrão, não iriam aceitar a ideia nunquinha. Quando dou uma pensada, também acho que caipirinha e chimarrão deveriam ser tratados como as escovas de dentes.