Wednesday, January 04, 2012

Natal

Depois que ganhei o "Autorama do Emerson Fittipaldi", o dia do Natal começou a ficar cada vez mais sem graça. Para ser mais claro, cada vez mais triste. O pinheirinho cheio de "enfeites", e lampadinhas piscantes por todos os lugares, começaram a me incomodar. Minha rabugice teria nascido no Natal de 1800 e poucos, quando eu tinha uns 11 anos de idade. O presépio montado ao pé da árvore começou o problema, e cantar a música "Noite feliz", naquele tom deprimido, me fizeram um adolescente rebelde. Porque? para que? e os pobres? quem inventou isso? quem ganha? quem perde? qual é? Da rebeldia, nasceu um sentimento nobre, que uns denominariam: pena de quem gosta do teatro. Passados mais de duzentos anos, meu irmão me telefonou, todos os anos comete o mesmo erro, me intimando para um almojanta de Natal. Gosto do guri, abandonei a minha amada caverna, e fui na coisa de Natal. Fui comprar um presente, na loja que compro presentes pra ele sempre, e a loja estava fechada, dia 25 de dezembro nada funciona. Peguei um vinho bom e fui ver o mano. Na casa dele, tinha árvore, presente para mim, e entendimentos. Meu inglês é pobre, o português dele também, então falamos uma coisa pelas metades. Adorei quando voltei do lavabo e ele apontou para onde eu estava vindo, e mudo, começou a rir muito. Eu perguntei se ele estava bem. Ele: eu não lembrei como te dizer em português, não deixa a porta aberta. Foi engraçado, ele é toda a minha grande família aqui.

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