Tuesday, December 20, 2011

TPM

Eu na maior amargura, minha mãe preocupada com minha aparência e eu com o que iria enfrentar. Ela lavou e passou, meio na obriga, roupas que acabei nunca mais usando. Enfiou num malão, camisas de linho, gravatas e uns blazers que eu ainda tinha. Meu pai, tinha me dado de presente de grego uma mala enorme com rodas novas, para que eu transportasse todas as expectativas deles. Carregar aquela mala, foi a maior demostração de carinho que pude dar para eles, a coisa era muito grande e pesada. O que de maior valor estava nela eram as fotografias dos meus filhotes, das outras pessoas tão importantes quanto, dois livros que eu roubei e o meu preferido. O preferido, é uma longa história da raça humana, quem leu sabe do que estou falando. Os que roubei foram um mini dicionário de portugues do professor Luft, e um pequeninho de inglês-português. Eu estava indo para um mato, precisava ter como me defender, uso os dois livros roubados todos os dias. O crime compensou. A dona, quando descobriu o roubo ficou braba comigo, a mesma que passou camisas a ferro. Nunca entendi a coisa.

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