Friday, November 18, 2011

Dancing days

Me deu um branco, estou tentando contar o que ouvi hoje e ta difícil. Daria para começar de tantas maneiras que resolvi pular o começo. Tenho mais de meio século de vida, e por isso mesmo penso que os brinquedos que tive, ou a vida de antigamente não eram melhores do que a de hoje. Admito que se o toca discos parasse de girar, sabíamos que a correia tinha arrebentado, seria apenas pedir para uma amiga a borrachinha do cabelo que daria para continuar com a música. Agora se as coisas param, param. Se o carro tinha gasolina e não tava dando partida, lomba a baixo ou pedir para alguém dar uma empurrada. Agora, tentar fazer um carro pegar no tranco é mancada, o conserto vai ser e-isso, e-aquilo, muito e-atraso e muito e-caro. Hoje, um cristo plugou o telefone dele no amplificador que faz vibrar duas caixas acústicas, um canal não estava funcionando. Na seleção de antigas bandas inglesas, estava tocando the Hollies, música que tinha sido gravada em dois canais, ouvir apenas um, tava engraçado. O Paul fumando o cig dele no jardim do descanso, e eu disse: a coisa ta num canal, ouves a ridícula guitarrinha? Ele: e o baterista perdidinho? Então larguei: na época que comecei com a coisa de estúdios, se usava fitas de duas polegadas para gravar as coisas. As mesas de mixagem tinham uns três metros de comprimento e as gravadoras uns elefantes. Ele acabou comigo, disse: Lembra da banda Chic? vários sucessos internacionais? Eu tenho uma copia da master em duas polegadas de Good times, esta num armário da minha sala. Já pude ouvir apenas os violinos da gravação, muito legal. Do papo, me deu muitas saudades da época que eu podia aumentar ou diminuir os volumes dos instrumentos que coloriram a minha vida dos 20 e poucos anos. Agora, não tenho ideia de onde estaria o botão de volume ou onde estaria o liga/desliga de qualquer ser ou coisa.

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