Friday, November 11, 2011

Amigo Gary

Quando consegui usar um telefone sem achar que a coisa me morderia, liguei para uma pessoa que estaria alugando um canto para solteiros. Usei todas as aulas de inglês que tive, e as que matei pra entender o que a(enorme) tia Irlandesa falava. Acertei a esquina e pude me encontrar com a dona da minha nova trincheira. Na nova trincheira estava o Gary, 40 e poucos anos e otimista. Casado e bem, vi fotografias da gringa, uma filha linda, muitos sonhos e planos. O cara perdia horas e horas querendo me ensinar a língua dele, ficamos amigos de cara. Ele usava blazer e gravata sempre, eu dizia: deixa de ser ridículo! estas em casa, vai lá por uma camiseta. Ele: Rogd, eu tenho que criar condições pra trazer as minhas duas para viver em Londres comigo, a coisa ficou impossível na minha cidade. Quem serias tu pra me recriminar, um estrangeiro cheio de vida e te escondendo atrás das dificuldades de uma simples língua. Rodg, põe um blazer e diz que tu queres o emprego de gerente, pelo menos. Eu: Gary, eu sou brasileiro, falo ingles que aprendi na escola. Ele: Rogd, tu sempre vem com desculpas para nao fazer as coisas. Vamos lá no pub, pago as cervejas, ver uma partida de rugby? eu te ensino o jogo é facil de entender, vais adorar! Tenho muitas saudades do meu amigo inglês, ele nao seria a pessoa mais normal que conheci, mas seguramente a mais corajosa e mais estimuladora que a sorte pode colocar no meu caminho.

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