Saturday, October 22, 2011

Ponte de Paris

Numa manhã como outra qualquer, uma xícara criou asas e se chocou violentamente com uma das minhas mãos. O café, por puro magnetismo, foi parar todinho no teclado do meu, ainda novo, e-jornal Sony Vaio. A coisa estava funcionando, mas apresentava sintomas de uma pneumonia importante, portanto tomei a única providência decente que me ocorreu, liguei pedindo socorro para a Sony da Inglaterra. A voz educada da atendente, me fez entender que eu deveria dar todos os dados do meu cartão de crédito para pagar o transporte e custos do orçamento para consertar o coitado do laptop, £50,00. Um motoqueiro pegaria o computador num dia à combinar, e devolveria quando eles achassem tempo para averiguar os estragos que o malvado café havia causado. Achei a coisa muito complicada e desisti. Achei uma loja autorizada da Sony, na Tottenham Court Road, para fazer reparos, tinha endereço fixo e talvez até CPF/CNPJ, levei o doente lá. Quando disse ao atendente o motivo da minha visita, o cara com uma cara de desespero me informou: Oh não! café é o pior líquido, entra nas veias dos Vaios e causam males, as vezes, irreparáveis. Vou entregar para um dos nossos "engenheiros", precisarás pagar £50,00 para o orçamento que será feito quando der, ok? Dez dias depois, recebi um e-mail da loja/autorizada dizendo que meu micro não teria mais conserto, a tela, teclado e as rebimbocas parafusetais estavam sem condições de funcionamento, o custo do reparo seria muito superior a compra de um novo, o que me aconselhariam. Triste, fui lá apanhar o bonito cadáver, antes de enterrar (jogar pela janela) o coitado tive uma ideia: Porque nao levar a alminha no Zé da esquina, que dizem reparar computadores? Levei, e no outro dia um "engenheiro" me telefonou dizendo que trocando a tela o laptop funcionaria e que me custaria £130,00, se eu concordaria com o conserto, respirei fundo e disse: serio? Narrei para a Sony da Inglaterra (não existe) meu caso e não obtive qualquer resposta. No tão mal falado Brasil, anda se tenta respeitar os cidadãos com orgãos que não funcionam direito, no primeiro mundo eles simplesmente não existem. Palavra de escoteiro, que ainda nunca fui.

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