Saturday, June 25, 2011

Pó de tijolo

Fico bem contente comigo, quando possibilito que alguns resgates aconteçam. O campeonato tenista de Wimbledon, está me lembrando do "repasse de responsabilidades" que perdi quando Senna atravessou aquele sinal vermelho, naquela maldita curva Tamburelo. O cara era o cara, quando ele ganhava uma corrida, parava pra "roubar" uma bandeirinha do Brasil, e dar uma volta de alegria para o povo que já estava cansado de ganhar só no futebol, sempre no futebol. Eu era um trintão, vida meio normal, precisava de alguma mágica. O Ayrton tinha a mágica, quando ele não ganhava alguma corrida eu colocava a culpa nele por eu ser uma criatura normalzinha. O Tennis, foi o único esporte que consegui tentar levar a sério, por anos me vi uma pessoa muito feliz por estar suada. Agora que já passei da fase do suor esperançoso, cheguei na das coisas que me lembram das meias cheias de saibro. Torço pra Sharapova, porque ela é uma tenista muito boa, e também pro Tsonga. O Tsonga tem carisma, mesmo com pinta de lutador de box ele voa, como o Ayrton voava, pra pegar uma simples bola pra fazer um ponto que talvez nem tenha tanta importância no set. Nadal, sempre parece estar prontinho pra tentar enfiar umas espadas num touro, bem diferente da imagem que tenho do Guga, um cara simples e também talentoso, como o francês Tsonga. Na minha verdade, as pessoas torcem para os conterrâneos, para tentarem sentir alguma superioridade, se o atleta venceu, seria simplesmente porque nasceu sob o mesmo sol que nós. Eu to me sentindo meio francês e meio russo agora, sei que será apenas por uns dias, mas vou aproveitar.

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