Saturday, June 04, 2011

Coitados

Mesmo não tendo muita paciência, minha mãe dá uma lida rápida nas coisas que escrevo. Meses atrás, deu uma passada com os bólidos olhos, e me avisou pra eu ter mais cuidado com os assuntos, ou opiniões. Vai que o Papai Noel leia, faça uma fofoca para o Coelhinho, os dois me alcaguetem pra Scotland Yard, e eu seja deportado. Acho que na verdade, ela tem um baita medão que eu peça exílio político na casa dela, levar nescauzinho na cama para um xaropão, não deve ser coisa legal de se fazer. Como sempre fui um filho comportado, lembrei de falar das festas inglesas que são sempre muito esclarecedoras e divertidas. Pra iniciar, abraços não existem. Os apertos de mão são frios, impingidos, de um empedernimento e de uma leveza profundamente poéticos. As conversas são realizadas sem compromisso algum, tanto que se alguém se ausentar, não faria diferença nas causas e efeitos dos papos cabeça. Nas festas natalinas, os estilosos pratos, tem sempre um crackers colocado em cima. Depois que cada "trogo" puxa um lado do treco, um barulhinho acontece, e algum fica feliz por "ter vencido", se ficar com a parte maior da coisa. Depois, todos colocam chapeuzinhos dourados, se fazendo de reizinhos, enchem a cara, e tentam chegar na casa deles. Já participei de várias festas de aniversário também, sempre tentei conversar com alguém, nunca pensei em usar um chapeuzinho de palhaço, ou assoprar uma "língua de sogra". Se me deportarem, acho que estaria em boa hora. Não sei se ainda existe o Toddy, eu preferia.

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