Monday, January 03, 2011

Minhas negras pretas

Cachorros, são criaturas meio raras em Londres. Quando vejo uma cadela Rottweiller, me contenho pra não abraçar o bichinho. Vai que o dono pense que eu seja um suicida, ou queira simplesmente atrapalhar o passeio dele, fico então só na vontade. A Tora (Anny) me salvou de muitas, e eu pude retribuir em outras. Uma vez, estávamos numa praia de SC, teríamos que andar por um caminho muito difícil, com uma espécie de escada toda embarrada, ela trancou. Peguei o bichinho no colo e fiz a travessia da coisa por nós dois, ela era pesada pra caramba, quem viu não acreditava, a parceria merecia. Na mesma praia, quando ela viu o mar pela primeira vez, fui tomar um banho, ela foi nadando desesperada pra me salvar duma coisa que ela ainda não conhecia, me pegou pelo pulso com os dentões injustamente tão temidos, e me levou pra beira da praia. Depois, que eu tava obrigadamente sentado na areia, ela me olhou, bufando e com raiva, acho que querendo dizer: " Vai que tu desapareça, o que seria de mim?" Uma filhota dela, a Athena, escolhi pra ficar na minha casa, quem estava dentro, era tratado com "mimos de duas gatas", quem queria entrar sem convite, teria sérios problemas de acesso. Meus filhos, quando pequenos, faziam delas os cavalinhos deles, elas se prestavam. As Rott, latem pouco, entretanto, são muito claras na comunicação, dizem com a postura e com os olhinhos: Se pulares o muro, meu instinto será de proteger o meu dono.

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