Saturday, May 19, 2012

O braço traidor

Depois de anos relutando, resolvi aceitar a ideia de ir num restaurante chinês em Londres. Algo me dizia que o pão de aipim não existiria, o molho doce-azedo fosse invenção dos chineses que migraram para Porto Alegre e que o arroz com misturinhas fosse delírio meu. Como entrada serviram uma cumbuca de "mandiopã " (alguém ainda lembra disso?) com um molhinho bem bom que adorei!. Senti como se estivesse no Pagoda ou Lokun, uma boa viagem no meu tempo. As chinesas serviram o que tínhamos pedido e era muito semelhante ao que meu olfato   lembrava. Depois do jantar e uma conversa bem boa acontecendo, uma chinesa resolveu limpar a nossa mesa sem pedir licença. Fiquei de olho nela, o meu saudoso mandiopã  ela não iria subtrair, já tinha inclusive um discurso polido nas minhas mangas. Eis que vem um bracinho chinês pelas minhas costas e vai direto na cumbuquinha das minhas saudades. Minha reação foi péssima, grosseiramente disse: Não toca no meu mandiopã!





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