Tuesday, November 02, 2010

Neve

No segundo andar, daqueles vermelhos ônibus velhinhos, numa noite muito fria, olhando por uma das janelinhas, pensando como seria a nova vida, vi a chuva cair de uma maneira mais lenta, meio atravessada, pensei que eu tava sonhando. Tava nevando de verdade, não era sonho. Em minutos, tudo ficou branco, lindo. Pra minha felicidade ser total, faltaria apenas as flores que um diretor de cinema sueco colocou sobre a neve no filme da Fanny. Aquela cena, eu adoraria ver de perto. Era só eu ter umas flores e jogar em um lugar qualquer. Vi o filme com a mulher que me deu dois presentões, e eu amava, assim como amei ver a neve, que depois que para de cair, vira umas lâminas de gelo, difíceis de se conseguir ficar em pé. Depois de algumas chuvas, as ruas, assim como as lembranças, ficam mais seguras pra se andar, sem a gente escorregar.

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